Aluguel de postes atrasa Cidades Digitais em até 10 meses - Asplan Sistemas

Aluguel de postes atrasa Cidades Digitais em até 10 meses

Problema recorrente entre as teles e as concessionárias de energia, o aluguel de postes para fixação de cabos é a maior dor de cabeça do programa de implantação de Cidades Digitais do Ministério das Comunicações. Além de preços considerados muito altos, as negociações, com raras exceções, chegam a levar mais de um ano para serem concluídas. 

“Está mais lento do que a gente imaginava. Essa questão dos postes atrasou demais, foi o ponto mais crítico de tudo. No nosso cronograma, entre abril e maio deveríamos estar com a infraestrutura instalada, mas o aluguel dos postes produziu atrasos de oito a dez meses no projeto”, reclama o diretor de infraestrutura para inclusão digital do Minicom, Américo Bernardes.

Oito a dez meses é o atraso médio do programa – no caso, do projeto-piloto que prevê a implantação de 80 Cidades Digitais, selecionadas ainda em 2012. Mas há casos piores. Em uma das cidades, no Paraná, a prefeitura encaminhou o pedido de aluguel em 1º de abril de 2013. A aprovação efetiva da concessionária de energia saiu em 29 de setembro. De 2014.

“A empresa contratada para a obra faz o projeto técnico, que é basicamente o caminho da fibra, e passa para a prefeitura. A prefeitura vai na concessionária de energia, e elas dizem, muitas vezes, que em 90 dias dão resposta. Mas temos projeto parado há seis meses por falta de resposta”, diz o diretor de infraestrutura.

Mas se o “caminho da fibra” demora a ser aprovado, o preço é claramente outro fator importante. Segundo o Minicom, estão registrados casos em que a distribuidora de energia chegou a pedir R$ 18 pelo aluguel mensal de cada poste a ser utilizado. No geral, porém, houve sucesso em reduzir os valores. “Estamos pagando entre R$ 4 e R$ 7”, revela Bernardes.

Fibra enterrada

Há exceções. “Na Bahia e no Ceará, onde as concessionarias entenderam o projeto, tudo andou mais rápido”, diz Américo Bernardes. Até por isso, os dois estados concentram 17 das 34 Cidades Digitais prontas. Ainda assim, o Minicom debita o atraso nas dificuldades com as distribuidoras. “Até o fim do ano, teremos entre 80% e 90% das cidades entregues”, afirma.

Essa questão levou a uma mudança importante no programa. Na segunda fase, para a qual já foram selecionados 262 municípios que também ganharão redes metropolitanas, o uso de postes será muito reduzido. “Agora, 95% da obra será com fibras subterrâneas. Porque aí a prefeitura resolve direto com a integradora, desde o início assinando o acordo que cede o uso do solo”, diz Bernardes.

“Na época que começamos a discutir, chegaram a dizer que fibra enterrada levaria mais tempo, mas está demorando tanto tempo a aprovação dos postes que se fosse enterrada já estaria pronta. E mesmo se olhar o custo da fibra enterrada, é mais ou menos o aluguel de seis, sete anos dos postes. Como fibra é para durar 20 anos, é mais caro, mas não estamos perdendo dinheiro.”

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=38287&sid=8#.VFebC_nF_Tp

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