
Anatel não responsabiliza teles por vendas de chips em bancas
A
Anatel ainda está avaliando as informações de que é possível comprar
chips das operadoras impedidas de comercializar novas linhas móveis –
houve informações de que pelo menos no Distrito Federal e no Rio de
Janeiro há bancas de revistas ainda vendendo cartões SIM da TIM. Também
em São Paulo, houve denúncias com relação à Claro, que está proíbida de
vender no Estado. Segundo a agência, no entanto, as empresas deram
demonstrações claras de que estão cumprindo a determinação.
“Estamos
avaliando. Realmente recebi informações de que houve venda em alguns
pontos, mas não todos. Mas até aqui as empresas demonstraram que fizeram
sua parte e bloquearam as vendas”, afirma o superintendente de Serviços
Privados da Anatel, Bruno Ramos. A proibição de comercializar prevê
multa de R$ 200 mil por dia em caso de descumprimento.
A própria
TIM divulgou, em nota, que “customizou seus sistemas de tecnologia para
garantir que nenhuma ativação seja realizada, mesmo em algum eventual
caso em que o chip seja comercializado por uma revenda indireta, como
bancas de jornais. Por isso mesmo, a agência não trata o tema como
passível de punições às operadoras. TIM, Claro e Oi estão proibidas pelo
órgão regulador de comercializar novas linhas móveis, de voz ou dados. A
medida é uma reação da Anatel à queda na qualidade dos serviços.
Segundo
Ramos, a agência vem conversando com Procons do país na tentativa de
orientar os consumidores a testarem os chips antes da compra, visto que
adquirir o chip em uma banca não significa que o cliente conseguirá
habilitar a nova linha, por conta da proibição. “Se for o caso, é
possível a esses consumidores pedirem ressarcimento”, diz o
superintendente.
Com base em análises dos índices de chamadas
não completadas ou interrompidas, além de reclamações no call center da
Anatel, a agência avaliou as empresas com os piores indicadores em cada
um dos estados da federação. A pior colocada foi proibida de vender
novas linhas desde esta segunda-feira, 23/7.
Para suspender a
proibição, as empresas terão que apresentar planos de investimentos
detalhados, que precisam ser aprovados pela SPV. A Claro, impedida de
vender novas linhas em São Paulo, Santa Catarina e Sergipe, retornou à
Anatel nesta segunda, mas a agência considerou que o plano apresentado
ainda não está completo.
A TIM, principal atingida pelas medidas
– está proibida de comercializar novas linhas em 19 estados – chegou a
recorrer ao Judiciário, mas viu negado seu mandado de segurança. A
empresa terá reunião com o regulador nesta terça-feira, 24/7. No dia
seguinte, quarta-feira, 25/7, será a vez da Oi, com vendas suspensas no
Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul.
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=31239&sid=8