Burocracia tributária atrasa a fabricação de tablets no Brasil - Asplan Sistemas

Burocracia tributária atrasa a fabricação de tablets no Brasil


dois anos, quando já havia iniciativas concretas para a fabricação de
tablets no Brasil, estabeleceu-se uma bizantina discussão sobre a
classificação aduaneira – e portanto tributária – das modernas
engenhocas com telas sensíveis ao toque. Na prática, tratava de estender
aos tablets os incentivos fiscais concedidos aos computadores.

Apesar
da defesa da indústria de que seria interessante igualar os tablets aos
notebooks, o governo, após longa deliberação, entendeu estabelecer uma
nomenclatura específica para os novos aparelhos. Os argumentos para a
estratégia variava – houve quem dissesse que os tablets não possuem
teclados, portanto são diferentes dos notebooks – ou quem defendeu uma
política industrial específica para os dispositivos.

A decisão
atrasou projetos de fabricação nacional dos tablets, ainda que a própria
indústria minimize essa questão. “São fatores para os quais quem é do
ramo já está preparado”, diz o vice presidente da Samsung, Benjamin
Sicsú. “Seria menos burocrático ter uma mesma classificação, mas o que
importa é que isso já está resolvido”, completa.

A Samsung acaba
de ver aprovado mais um Processo Produtivo Básico para tablets – a
portaria interministerial foi publicada nesta semana e estende os
benefícios para equipamentos com 750 gramas ou mais. “Temos como
estratégia uma grande diversificação de produtos”, justifica Sicsú.

O
PPB demorou a sair porque, ironicamente, a Receita Federal precisou
reavaliar a decisão de estabelecer uma classificação específica para os
tablets. A Samsung foi apenas a primeira das empresas represadas a ter
seu pedido liberado. “Vários outros sairão, tínhamos cerca de 20
projetos em espera”, admite o coordenador geral de microeletrônica do
Ministério de Ciência e Tecnologia, Henrique Miguel.

Em meados
do ano passado, a Organização Mundial das Aduanas resolveu que os
tablets devem ser equiparados aos notebooks. A decisão, porém, não é
compulsória e membros que desejem manter nomenclaturas específicas podem
fazê-lo. Novos pedidos de PPBs para tablets, no entanto, ficaram mais
uns seis meses à espera de uma nova posição da Receita Federal. Como até
aqui a opção é manter a classificação como está (específica), os
pedidos da indústria voltaram a ser avaliados.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=32771&sid=7

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