Certificado verde medirá ganhos da economia digital - Asplan Sistemas

Certificado verde medirá ganhos da economia digital


A
partir de 2013, governo e empresas poderão medir os impactos sociais,
ambientais e financeiros da substituição do uso de papel, redução do
consumo de energia e combustíveis ou melhorias logísticas – uma forma de
incentivar e recompensar atividades que se adaptam à economia
sustentável.

“é algo inusitado. Mas hoje um dos principais ponto
de apelo dos modelos de produção tem a ver com a eficiência dos
projetos, seja energética, papel, combustível. Isso está no DNA da
economia digital, pelo uso de certificados digitais, que desmaterializam
processos, ou mesmo nas vendas eletrônicas, que dispensam embalagens. O
objetivo é trazer para a sociedade benefícios que hoje não são
mensuráveis”, diz o presidente da Câmara Brasileira de Comércio
Eletrônico (Camara-e.net), Ludovino Lopes.

A proposta,
oficialmente apresentada durante a Rio+20, já começa a ser desenhada
formalmente, inicialmente por um grupo técnico que vai elaborar as
métricas e, a partir daí, com o desenvolvimento efetivo de um sistema de
certificação das empresas que adotam medidas de sustentabilidade.

“Vamos
transformar esses ativos em métricas que possam ser quantificadas. Ou
seja, não se trata mais de só dizer que medidas ambientais são boas, mas
demonstrar o quanto isso significa. E poder incluir isso em balanços
sociais e ambientais, mas também financeiros”, explica o presidente da
Camara-e.net.

Ele lembra que no caso da redução de emissões, já
existe um mercado internacional de créditos de carbono – ou seja,
monetização efetiva de medidas ambientais. Mas os incentivos não para
aí. “Ter um programa de redução de consumo de energia também já pode
levar uma empresa a uma classificação diferente na bolsa de valores”,
completa Ludovino Lopes.

Para construir as métricas e o sistema
de cerficação, a Camara-e.net associou-se ao Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação (ITI), órgão ligado à Casa Civil da Presidência
da República e o principal responsável pelas políticas de certificação
digital no Brasil.

“Um sistema como esse dá um impacto social às
tecnologias digitais. Só o governo federal consome um trilhão de folhas
de papel por ano. E isso é desnecessário, porque temos a tecnologia, a
base jurídica e a Internet, capazes de substituir o papel”, afirma o
presidente do ITI, Renato Martini.

Casos concretos inspiram o
modelo proposto. Um deles é da rede de supermercados Tesco, que na
Coreia do Sul desenvolveu um sistema de vendas com uso de smartphones a
partir de displays colocados em estações de metrô. Para comprar, os
clientes tiram fotos de QR Codes associados aos produtos e agendam o
horário de entrega.

“A Tesco era a terceira rede da Coreia e já
está encostando na primeira sem abrir uma única loja nova”, cita
Ludovino Lopes. “A agência ambiental dos Estados Unidos afirma que o
impacto do e-commerce pode resultar em uma redução de um terço na
construção de grandes shoppings”, insiste, demonstrando os efeitos dessa
nova economia.

Ao longo dos próximos 30 dias o grupo técnico do
projeto vai identificar as métricas associadas ao projeto e, a partir
daí, haverá parcerias com universidades para o desenvolvimento da
certificação. O grupo é coordenado pela Imprensa Nacional e reúne desde
empresas de varejo a aquelas típicas de tecnologia, como Microsoft e
Certisign. “Nosso prazo é agressivo. Até janeiro teremos a metodologia
pronta”, afirma Lopes.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=31228&sid=3

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