
Governo e aceleradoras vão investir R$ 50 milhões em startups
O
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação lançou nesta quinta-feira,
21/3, o edital de seleção das empresas iniciantes que contarão com
apoio de aceleradoras para desenvolverem – ou consolidarem – seus
projetos. A ideia é apoiar 100 startups nos primeiros 12 meses.
“A meta é colocar no mercado global 100 novos produtos ou serviços
inovadores. O alvo são as empresas com até três anos de existência”,
afirmou o secretario de políticas de informática do MCTI, Virgílio
Almeida, durante o Congresso Global de Empreendedorismo, no Rio de
Janeiro.
Como explicou Almeida, o programa Start-Up Brasil é em grande medida
uma parceria público-privada, visto que o apoio às empresas iniciantes
se dá tanto com recursos públicos como das aceleradoras já selecionadas –
até aqui há 9 dessas aceleradoras que serão responsáveis pelo empurrão
nas 100 startups.
A plataforma de inscrição deve estar disponível a partir de 31/3. Nas
contas do secretário, o apoio deve envolver cerca de R$ 50 milhões.
Cerca de R$ 36 milhões serão aportados pelas aceleradoras – sendo parte
em serviços e parte, R$ 20,5 milhões, em capital. Outros R$ 14 milhões
serão aplicados pelo governo.
Através do CNPq, cada startup receberá até R$ 200 mil em bolsas, de
técnicos a pós-graduados, entre R$ 2,5 mil e R$ 8 mil por mês. Como
explicou Virgílio Almeida, trata-se do valor líquido, sem impostos,
depositado diretamente na conta dos participantes.
A seleção das 100 primeiras startups deverá obedecer alguns
critérios. O mais importante deles é a qualidade do modelo de negócio, o
que envolve a escalabilidade da proposta, canais de comercialização,
relevância e a própria diferenciação.
Além disso, serão avaliados o grau de inovação, consistência técnica,
a fase de evolução da solução; o currículo dos envolvidos e ainda a
motivação de empreender, o potencial de impacto do projeto e o
alinhamento com os ecossistemas digitais previstos no plano TI Maior.
No evento que lançou o edital de seleção também foram apresentadas as
nove aceleradoras já selecionadas – 21212, Aceleratech, Acelera
Brasil/Microsoft, Papaya, Pipa, Wayra, Acelera MG, Outsource Brasil e
Start You Up. Na própria seleção as startups vão indicar qual
aceleradora preferem.
Um quarto das empresas iniciantes pode ser de fora do Brasil. Nesse
caso serão disponibilizados vistos temporários – de 180 a 360 dias –
sem necessidade de já contar com CNPJ, mas com compromisso futuro de
abertura de empresa no país para comercializar e explorar o projeto.
“A ideia é ter presença local, regional e global. Queremos receber
empreendedores de qualquer região do planeta”, insistiu Almeida. Nesse
campo parte do programa prevê um escritório no Vale do Silício, nos EUA,
tanto para atrair investidores como para levar o resultado das startups
ao mercado americano.
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=33308&sid=3