
Governo prevê gastar R$ 270 milhões com tecnologia nacional para segurança
Vão
começar a chegar à praça ainda este mês alguns editais relacionados à
preparação para os grandes eventos no campo da segurança pública. Há uma
parcela razoável destinada a diferentes equipamentos, mas a perspectiva
também é de grandes aquisições em soluções de TI.
O governo
federal prevê compras de R$ 1,8 bilhão no campo da segurança como um
todo. A maior parte disso – cerca de R$ 1,1 bilhão – se dará através de
editais da Secretaria Especial de Segurança em Grandes Evendos (Sesge),
do Ministério da Justiça. é aí que estão as principais aquisições de
tecnologia da informação.
“Vamos especificar as soluções,
inclusive de TI, a serem utilizadas nos grandes eventos. Uma grande
parte está no orçamento deste ano. Mesmo nos equipamentos, há muita
tecnologia embarcada”, explica o coordenador de TI e telecom da Sesge,
Jorge Ricardo de Oliveira.
Uma série de equipamentos já tem termo de referência e está na fase de
cotações junto ao mercado. São, por exemplo, 12 soluções de imageadores
aéreos, equipamentos que serão acoplados a helicópteros e terão que
garantir imagens em tempo real aos centros de controle.
Ou ainda
plataformas de observação elevada – caminhões com cabine ou antenas
telescópicas – ou centros de comando móvel, que podem ser grandes
carretas ou microônibus. Em todos os casos, equipamentos deverão
garantir a interligação com o sistema informático.
O grande peso
da TI, no entanto, estará nos chamados Centros Integrados de Comando e
Controle. Cada uma das 12 sedes da Copa de 2014 terá um, a maioria já em
obras. “Nesses casos, os estados fornecem a edificação e a União
entrará com os equipamentos”, diz Oliveira.
A ideia é
centralizar em um mesmo espaço operações das polícias, bombeiros,
departamentos de trânsito, emergência, defesa civil, etc. Nesse caso, um
dos objetivos é ter uma solução de TI capaz de acessar os diferentes
sistemas de informação já existentes em cada um dos órgãos.
Acima
disso, também haverá um centro de comando e controle nacional – a ser
feito em Brasília, com redundância no Rio de Janeiro. Nesse caso, a
Sesge vai definir e adquirir uma solução de TI capaz de alcançar todos
os sistemas de informação dos estados, mas também federais (PF, Abin,
Defesa, etc).
Em essência, o objetivo é o estabelecimento de uma
grande rede integrada de segurança pública, capaz de garantir acesso de
qualquer ponto, seja do centro nacional, dos centros regionais de
comando, das unidades locais e móveis. “Estamos fazendo para a Copa, mas
isso ficará de legado ao país”, diz Oliveira.
Na estimativa da
Sesge, apenas esse sistema integrado deve movimentar cerca de R$ 270
milhões. Uma parcela das compras de TI já deve estar nos primeiros
editais, este ano, mas a fatia mais significativa deverá vir nas
licitações previstas para 2013.
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=31959&sid=10