
Microsoft e Symantec desativam quadrilha de crimes cibernéticos
As fabricantes de software Microsoft
e Symantec desativaram servidores que permitiam a uma quadrilha
internacional de crimes de informática controlar milhares de
computadores sem o conhecimento dos donos.
Computadores infectados tinham suas pesquisas na web redirecionadas
para um site falso controlado pelos criminosos. Com o desligamento,
internautas não vão conseguir realizar pesquisas, porque o código que
realiza o redirecionamento continuará no sistema. A Microsoft e a
Symantec estão controlando o endereço usado e, quando o internauta for
redirecionado pelo vírus, ele agora verá uma mensagem informando sobre a
infecção e como removê-la do sistema para restaurar o acesso normal à
web.
Técnicos a serviço das duas empresas fizeram buscas em centrais de
processamento em Weehawken (Nova Jersey) e Manassas (Virgínia), nos
Estados Unidos, na companhia de policiais federais na quarta-feira (6),
cumprindo mandado expedido pelo tribunal federal norte-americano em
Alexandria (Virgínia).
Os técnicos apreenderam um servidor na central de Nova Jersey e
convenceram os operadores da central da Virgínia a pedir a desativação
de um servidor na Holanda, informou o diretor jurídico assistente da
divisão de crimes digitais da Microsoft, Richard Boscovich.
Boscovich disse à Reuters que tinha “alto grau de confiança” de que a
operação havia conseguido deter o crime cibernético, do tipo conhecido
como Bamital.
“Acho que pegamos tudo, mas só o tempo dirá”, ele afirmou. Os
servidores desativados na quarta-feira eram usados por 300 mil a um
milhão de computadores infectados pelo software nocivo, segundo
estimaram Microsoft e Symantec.
A Bamital sequestrava resultados de buscas e aplicava golpes que,
segundo as companhias, realizavam cobranças fraudulentas de publicidade
online a empresas.
Os organizadores da Bamital também tinham a capacidade de tomar o
controle das máquinas infectadas, instalando nelas outros vírus que
podiam promover roubo de identidade, utilizar computadores em ataques a
sites e realizar outros tipos de crime de computação.