
Microsoft faz críticas a política antimonopólio do Google
A empresa afirma que o gigante americano não dá aos usuários dos celulares Windows um “acesso adequado” ao YouTube
Nova York – A Microsoft
intensificou esta quarta-feira suas críticas à política antimonopólio
do Google, afirmando que o gigante americano não dá aos usuários de seus
telefones Windows um “acesso adequado” ao serviço de vídeos YouTube.
“Apesar do escrutínio governamental, o Google continua bloqueando um
acesso adequado ao YouTube aos clientes da Microsoft. Esta é uma questão
importante porque os clientes valorizam o acesso ao YouTube em seus
telefones”, afirmou o advogado da Microsoft Dave Heiner em uma mensagem
publicada em um blog.
“O Google diz com frequência que os delitos antimonopólio de que é
acusado não afeta os consumidores; O Google está equivocado sobre isto”,
acrescentou. “O Google nega, ainda, permitir aos usuários de telefones
(que operam com o sistema da Microsoft) Windows de ter o mesmo acesso ao
YouTube que os clientes (do sistema de navegação por celular do Google)
Android e Apple”.
Os comentários são a mais recente troca de acusações entre os dois
gigantes da tecnologia e ocorrem em um momento em que organizações de
vigilância antimonopólio, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos,
estão a ponto de terminar as investigações sobre a conduta do Google.
Alguns informes destacam que os investigadores americanos estão se
preparando para alcançar um acordo com o Google sem passar por uma ordem
judicial.
O site de buscas, dono do YouTube, afirma que a Microsoft distorce dados sobre o acesso com aparelhos móveis.
“Ao contrário do que diz a Microsoft, é fácil para os consumidores
assistir a vídeos do YouTube em celulares Windows”, afirmou um porta-voz
do Google em resposta a uma pergunta da AFP.
“Os usuários de Windows Phone podem acessar todas as funções do
YouTube… De fato, estamos trabalhando com a Microsoft durante vários
anos para ajudar a construir uma grande experiência de YouTube nos
celulares Windows”, acrescentou.
A Microsoft expressou preocupação diante da Comissão Europeia e da
Comissão Federal de Comércio americano, que investigam possíveis abusos
de dominação de mercado por parte do Google.