Minority Report sai do cinema para a vida real - Asplan Sistemas

Minority Report sai do cinema para a vida real


Washington – O software por trás do filme “Minority Report – A Nova
Lei”, em que Tom Cruise navega por uma enorme tela movimentando apenas
as mãos, pode chegar ao mundo real.

A interface
desenvolvida pelo cientista John Underkoffler foi comercializada pela
companhia Oblong Industries como uma maneira de filtrar grandes
quantidades de vídeos e outros tipos de informações. Ainda que possa ser
usado pela polícia e por serviços de inteligência, o software não é um
programa de investigação “pré-crime” como o ilustrado no longa de ficção
científica dirigido por Steven Spielberg.

O diretor-executivo da Oblong, Kwin Kramer, garante que o programa
pode ajudar na busca por informações em meio a um “um grande arquivo de
dados”. Ele pode ainda promover vídeoconferências aprimoradas,
permitindo que os participantes compartilhem dados de diversos
dispositivos, como smartphones e tablets, integrados em uma ampla tela.

“Acreditamos
que o futuro da computação terá múltiplos usuários, telas e
dispositivos”, explicou Kramer à AFP. “Esse sistema é útil em problemas
relacionados a um grande fluxo de trabalho”, acrescentou. Um
componente-chave do sistema é sua interface gestual, um ambiente
operacional espacial que a companhia chama de “g-speak”.

Esse
artifício veio de um projeto desenvolvido por Underkoffler quando ainda
era um cientista do prestigiado Instituto Tecnológico de Massachusetts
(MIT) para o filme “Minority Report”, antes de se tornar o principal
cientista da start-up Oblong.

“Temos versões demo desse
tipo de software que demonstram perfeitamente a experiência do usuário
do ´Minority Report´, permitindo que você avance ou retorne pelas telas a
qualquer momento, ou dê zoom para observar os detalhes”, descreveu
Kramer.

Ele contou que o mesmo software pode ajudar
empresários a “ter melhor colaboração, visualização e análise de uma
grande quantidade de informações”. “Você pode ter muitos dados, mas é
complicado fazer uso de tudo”, disse Kramer. “Pode estar em diferentes
máquinas e, assim, fica difícil de acessar. Com o programa, diversas
pessoas poderão ver o conteúdo”.

Interfaces gestuais têm
sido desenvolvidas para outras empresas, incluindo a Microsoft, com o
Kinect, mas a Oblong afirma ter sistemas mais sofisticados que podem
usar o Kinect e outros aparelhos. O sistema, altamente sensível, usa uma
luva especial para garantir uma maior precisão do que a mão ou outros
elementos normalmente usados.

O vice-presidente de vendas da Oblong experimenta, em junho de 2012 em
Washington, o programa´Minority Report´. Mas a grande pergunta feita à
Oblong é: como os usuários podem obter o software “Minority Report”?

O vice-presidente de vendas da companhia, David Schwartz, disse que
“recebemos ligações de pessoas no serviço militar que falam ´Eu quero a
interface ´Minority Report´”. Ele conta ainda que o sistema pode ser
usado para versões mais realistas das interfaces supertecnológicas de
programas de TV, como o “CSI”.

O que torna a versão real do
software diferente da vista no filme é que a Oblong não fornece a
análise necessária para a se tornar uma ferramenta “pré-crime”, nome
dado na ficção ao programa através do qual a polícia do futuro podia
prever os crimes e evitar que acontecessem.

Isso não impede
que uma companhia ou organismos que trabalham para a justiça usem o
software e acrescentem suas próprias redes de análise. “Achamos que a
polícia e os serviços de inteligência armazenam grandes bases de dados e
nossa tecnologia é a líder”, considera Kramer.

Ele disse
que Oblong ainda não tem clientes ligados ao governo dos Estados Unidos
ou de outros países, mas oferece “um provedor central de tecnologia”.
Ainda assim, a Oblong aproveita o seu papel nos filmes para invadir a
realidade, mesmo que o software não seja exatamente igual à produção
cinematográfica de 2002.

“Acho que muita gente olha para as
interfaces ´Minority Report´ e imagina que poderiam usar esse sistema
tão flexível em seus próprios escritórios ou estúdios de design”,
comenta Kramer. “Não é ficção científica, é real”, conclui.

Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/minority-report-sai-do-cinema-para-a-vida-real-24072012-45.shl?2

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