
Porta 25: Brasil sai da lista dos 10 mais que enviam spams
O
Comitê Gestor da Internet (CGI.br) divulgou nesta terça-feira, 19/03,
um primeiro balanço da campanha de adoção de Gerência de Porta 25. Um
dos resultados é a saída do País do topo da lista dos que mais enviam
spams, de acordo com as estatísticas da lista CBL (Composite Blocking
List – http://cbl.abuseat.org/country.html), que atualiza diariamente
dados referentes a IPs que enviaram spam nos últimos 10 dias.
Em
2009, o Brasil era o primeiro colocado, com mais de um milhão de IPs,
que correspondiam a 17% de todos os IPs listados. Hoje, aparece na 12ª
posição, com menos de 200 mil IPs, o que representa apenas 2% dos IPs
listados. A melhora da posição do País no ranking sempre foi um dos
objetivos do programa de Gerência de Porta 25.
Lançado pelo
Comitê Gestor da Internet (CGI.br) em 2005, o programa de Gerência de
Porta 25 contempla uma série de acordos que visam à redução de envio de
spams por redes domésticas e chegou à sua etapa final em dezembro de
2012, com a ação das prestadoras de telecomunicações, que por meio de
gerenciamento de redes, bloquearam a principal saída de spams dos
computadores.
Segundo Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br
representante da indústria de bens de informática, de bens de
telecomunicações e de software, Coordenador da CT-Spam e coordenador do
Projeto da Gerência de Porta 25, os resultados são extremamente
positivos. “Estamos acompanhando os dados e nos últimos seis meses a
evolução foi muito boa, claramente influenciada pela fase final da
adoção da medida”, afirmou Faulhaber. “No entanto, é preciso continuar
acompanhando os números, pois temos uma rede muito grande e a aplicação
da medida às redes residenciais brasileiras precisa ocorrer
continuamente. A expectativa é que continuaremos a cair nos rankings”,
completa.
Para Eduardo Levy, conselheiro do CGI.br e
diretor-executivo do SindiTelebrasil, o bloqueio da Porta 25 é um
exemplo do benefício que a gestão de redes pode trazer tanto para o
sistema quanto para o usuário de telecomunicações, que terá um ambiente
mais seguro para usar a Internet. Para Levy, ações dessa natureza devem
ser adotadas sempre que se mostrem indispensáveis à garantia da
segurança e da estabilidade da rede. “A contribuição das prestadoras de
telecomunicações foi determinante para a redução da quantidade de spams
oriundos do Brasil e tais resultados só foram possíveis graças à
implantação de uma regra de bloqueio para determinados pacotes de dados,
a partir da gestão do tráfego Internet”, esclarece.
Faulhaber
complementa dizendo que a Gerência de Porta 25 é apenas uma das
iniciativas pela redução de mensagens maliciosas coordenadas pelo CGI.br
e implementadas pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR
(NIC.br). Como exemplos, ele destaca a campanha permanente promovida
pelo sítio http://antispam.br/ e a Cartilha de Segurança para Internet
http://cartilha.cert.br/, produzida pelo Centro de Estudos, Resposta e
Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br). Ambos os
projetos tem por fim orientar e prevenir o usuário de Internet. Dessa
forma, observa Faulhaber, “os usuários de Internet no Brasil poderão
utilizar a rede de forma cada vez mais segura”.
Eduardo Fumes
Parajo, conselheiro do CGI.br e diretor presidente do conselho
consultivo superior da Associação Brasileira de Internet (Abranet)
aponta os benefícios da medida para os provedores: “a redução do volume
de spam saindo das redes do Brasil implica indiretamente em menor volume
de mensagens sendo tratadas por todos os provedores, o que reduz custos
relacionados à operação de serviços de e-mail e melhor aproveitamento
da infraestrutura de rede.” A tendência é que estes números continuem a
melhorar, também como consequência do fechamento da Porta 25.
Fonte: Assessoria CGI.br
Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=33298&sid=4