Tire dúvidas sobre a suspensão de vendas de chips de celular - Asplan Sistemas

Tire dúvidas sobre a suspensão de vendas de chips de celular


Anatel anunciou suspensão de vendas de chips da Oi, Claro e TIM.
Empresas terão que apresentar planos para melhorar os serviços.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
suspendeu, a partir de segunda-feira (23), as vendas de chips das
empresas de telefonia móvel Oi, Claro e TIM em vários estados do país,
por problemas na qualidade dos serviços prestados.

Para responder às dúvidas dos consumidores sobre o assunto, o G1 entrou em contato com a associação de defesa do consumidor Proteste, a Fundação Procon e a Anatel.

Qual foi a decisão da Anatel?
A agência suspendeu as vendas de novas linhas de celulares de três
operadoras em vários estados do país. A medida vale a partir do dia 23
de julho.

Qual o motivo da suspensão?
A decisão, que inclui os serviços de voz e dados, foi motivada por
problemas na qualidade dos serviços prestados. As avaliações são
relativas a interrupção de chamadas, qualidade de rede e atendimento ao
cliente. Segundo a agência, houve alta no número de reclamações
registradas.

Quais os estados afetados?
Todos os estados foram afetados. Em cada um, foi suspensa a venda de
linhas de uma operadora – a que teve o pior desempenho naquele local. Em
Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, foram suspensas as vendas de chips
da Claro. No Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande
do Sul, a medida afeta a Oi. Nos demais estados, incluindo o Distrito
Federal, a TIM fica impedida de fazer novas vendas.

Até quando vale a suspensão?
As empresas terão 30 dias para apresentar um plano detalhado, por
estado, com medidas capazes de garantir a qualidade do serviço e das
redes de telecomunicações. As vendas só serão liberadas depois que esses
planos forem aprovados pela Anatel.

E se elas continuarem vendendo as linhas?
A Anatel determinou uma multa de R$ 200 mil por dia e por cada estado
em que a medida for descumprida. A menos que isso aconteça, no entanto,
não haverá outras punições.

Como será feita a fiscalização?
Questionada pelo G1, a agência não esclareceu como
garantirá o cumprimento da medida. “Se o consumidor tiver conhecimento
de que foi comercializado o chip indevidamente ele pode denunciar ao
Procon e encaminharemos à Anatel”, diz Paulo Arthur Góes, diretor
executivo da Fundação Procon-SP.

E as outras operadoras? Não terão que melhorar os serviços?
A Vivo, a CTBC e a Sercomtel não foram proibidas de comercializar
linhas, mas também terão que apresentar planos de melhoria em suas áreas
de atuação.

O que muda para os atuais clientes das três operadoras após as sanções aplicadas pela Anatel?
Não
muda nada, segundo Góes, do Procon-SP. “A mudança que nós esperamos
para esses consumidores é que o serviço melhore. Os consumidores
continuam tendo direito a serviços de qualidade. SAC e ouvidoria têm que
funcionar. O que se espera agora é que as empresas tomem providências”.

Os clientes podem continuar a fazer a portabilidade?
Segundo a Anatel, não será possível fazer a portabilidade para as
operadoras cujas vendas estejam suspensas. A troca entre as demais
operadoras, assim como a portabilidade das empresas afetadas para outras
serão feitas normalmente.

Como o cliente deve proceder se estiver em fase de habilitação na espera da instalação de um serviço já adquirido?
Quem já comprou o serviço terá a instalação feita normalmente, já que
apenas as vendas foram suspensas a partir do dia 23. “Se o cliente
assinou contrato até o momento em que a punição não foi aplicada, o
mesmo tem que ser honrado”, diz Góes, do Procon.

O cliente de uma dessas operadoras pode pedir desconto nas
faturas proporcional ao tempo no qual o serviço não foi prestado por
queda na conexão de internet ou da linha telefônica?

Esse já é um direito assegurado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
“O Procon-SP já toma isso como regra aos consumidores que registram
reclamações. Se é um problema de qualidade, o consumidor pode também
querer cancelar o serviço sem cobrança de multa por conta de contratos
de fidelidade”, diz Góes.

Se a operadora tiver de fazer novos investimentos para melhoria
da qualidade dos serviços, pode haver repasse na fatura do cliente?

A Proteste acredita que não, já que as operadoras cresceram nos últimos
anos sem investir no crescimento. Segundo o Procon, cabe à agência
reguladora avaliar quanto de reajuste é permitido. “Na verdade o
consumidor já está pagando por esses investimentos em serviços sem a
mínima qualidade que se espera. As empresas deixaram de fazer a lição de
casa e agora vão ter que correr atrás do prejuízo”, diz o diretor do
órgão.

Como o cliente pode reclamar da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras?
A Proteste orienta o consumidor a reclamar aos órgãos de defesa do
consumidor, registrar reclamação na Anatel (pelo telefone 1331, nas
Salas do Cidadão localizadas nas capitais ou via autoatendimento)
e protocolar as reclamações feitas às operadoras. A entidade lembra que
o cliente tem papel importante porque ele é que sinaliza os problemas. O
consumidor que quiser fazer uma reclamação também pode procurar o
Procon de sua cidade ou um dos canais de atendimento da Fundação.

Veja em quais estados as operadoras terão que interromper a venda de chips
Claro Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Oi Amazonas
Amapá
Mato Grosso do Sul
Rio Grande do Sul
Roraima
TIM Acre
Alagoas
Bahia
Ceará
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Minas Gerais
Pará
Paraná
Paraíba
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rondônia
Tocantins

Fonte: http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2012/07/tire-duvidas-sobre-suspensao-de-vendas-de-chips-de-celular.html

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