
Windows 8 “sai pela culatra” e venda de PCs tem maior queda em quase 20 anos
Os fabricantes de PCs apostavam no Windows 8
, lançado em outubro do ano passado, para reaquecer as vendas de
computadores e notebooks. Mas, de acordo com o último relatório
trimestral do instituto de pesquisas IDC, a estratégia não deu certo.
O relatório referente ao primeiro trimestre deste ano mostrou queda de
13,9% no número de unidades produzidas, em relação ao mesmo período de
2012.
Segundo o instituto, foram fabricados 33 milhões de computadores e
notebooks no primeiro trimestre de 2013, contra 36,7 milhões no mesmo
período do ano passado. A queda é a maior desde 1994, quando o IDC
começou a monitorar o mercado de PCs.
Maior fabricante de PCs do mundo, a HP teve uma queda de
23,7% em volume de PCs fabricados (11,9 milhões em 2013 contra 15,7
milhões em 2012).
Segunda colocada no ranking de fabricantes, a Lenovo foi a
única que se manteve estável. Completando o ranking das cinco maiores
fabricantes, Dell, Acer e Asus também tiveram quedas (de 11%, 31% e 9%,
respectivamente).
Tablets e smartphones
Segundo o IDC, a popularização de smartphones e tablets é
uma das razões da queda da venda de PCs. Smartphones e tablets custam
menos do que um PC, são mais práticos de usar e funcionam bem em tarefas
mais simples, como navegação na web e em redes sociais.
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A queda de preços principalmente dos tablets (nos países
desenvolvidos, modelos com boa qualidade começam a surgir com preços na
casa de US$ 200) indica que esses produtos devem continuar concorrendo
com PCs pelos próximos anos.
Windows 8 “sai pela culatra”
Diferentemente de lançamentos anteriores do Windows, o
Windows 8 não foi suficiente para aquecer o mercado de PCs. Pior, parece
ter tido o efeito contrário, segundo o IDC. “Podemos dizer,
infelizmente, que atualmente está claro que o Windows 8 não só falhou em
reaquecer o mercado, mas aparentemente parece tê-lo esfriado ainda
mais”, diz o analista Bob O´Donnell, do IDC.
Para O´Donnell, as mudanças radicais de interface
prejudicaram as vendas do sistema. “Alguns consumidores apreciam os
novos formatos de computadores e o recurso de tela com toque do Windows
8. Mas a mudança radical da interface, a remoção do tradicional botão
Start e o custo maior dos produtos, devido às telas com toque, fizeram
com que os PCs ficassem menos atraentes em relação a tablets e
smartphones. A Microsoft terá que tomar decisões difíceis se quiser
ajudar o mercado de PCs a crescer novamente”, concluiu o analista.