O fluxo de caixa no terceiro setor — esfera formada por entidades sem fins lucrativos e não governamentais — ainda é algo que gera algumas dúvidas. Como é organizada a captação de recursos, por exemplo, uma vez que o objetivo principal das instituições que compõem esse grupo é prestar serviços públicos gratuitos?
De qualquer forma, qualquer instituição — como é o caso de ONGs, Entidades Beneficentes e Fundações — depende de finanças para sobreviver. Neste post, vamos tratar das especificidades do fluxo de caixa no terceiro setor. Acompanhe!
Manutenção das empresas do terceiro setor
As entidades privadas e sem fins lucrativos precisam de dinheiro para se manter em funcionamento. Esse dinheiro vem de doações e de outras fontes de captação de recursos externos. Por isso, fidelizar doadores é muito importante para essas instituições.
O planejamento deve ser, como o de toda empresa, em longo prazo. Devem existir organização interna, objetivos bem definidos e disponibilidade de recursos.
Importância do fluxo de caixa no terceiro setor
As doações nem sempre representam uma renda constante, ou seja, os valores variam ao longo dos meses. Apesar dessa variação na entrada de capital, as despesas são recorrentes. A empresa deve pagar contas de serviços em geral (telefone, luz, água), os salários dos funcionários, os tributos e as ações, com o objetivo de melhorar a sociedade.
O fluxo de caixa funciona como uma ferramenta que ajuda na visualização de cenários. As informações obtidas a partir do controle do fluxo de caixa permitem a tomada de decisões essenciais para a instituição.
As entidades que compõem o terceiro setor devem agir com total transparência. As despesas das empresas devem ser comprovadas, assegurando que estão realmente aptas a participar de editais e obter patrocínios.
Organização do fluxo de caixa no terceiro setor
O uso de um software é uma boa solução, pois permite um controle automatizado e, portanto, mais eficiente. Também contribui para a emissão e armazenamento de documentos fiscais importantes e ajuda a otimizar o tempo e os resultados.
É fundamental registrar todas as entradas e saídas para monitorar o fluxo de caixa no terceiro setor e ter uma base para a data dos pagamentos e recebimentos (funcionários, impostos, aluguel, doações).
Com a automação do registro, o gestor tem noção do total de receitas e despesas de todos os meses. O preenchimento permite ainda identificar quais foram todos os gastos e ganhos durante o ano. Essa informação facilita o planejamento relacionado à captação de recursos e o fechamento do livro contábil ao final do mês.
É igualmente importante planejar a prestação de contas aos mantenedores. Eles devem saber em que, efetivamente, o dinheiro foi aplicado. Dessa forma, a instituição cumpre seu papel e se torna mais fácil fidelizar doadores.
Orçamento na gestão do fluxo de caixa
Realizar o orçamento adequado também faz parte da gestão do fluxo de caixa no terceiro setor. Esse orçamento permite:
- aplicar corretamente os recursos;
- realizar com mais facilidade a prestação de contas;
- ter uma visão financeira da entidade (que é fundamental para captar recursos);
- avaliar variações entre o que foi previsto e o que foi efetivado;
- analisar o cumprimento de tudo que foi definido no planejamento estratégico, operacional e tático;
- tomar decisões mais eficazes em relação às prioridades e aos rumos que a instituição deverá seguir;
- controlar as despesas com os fornecedores;
- tornar a administração mais transparente (principalmente porque os recursos que a empresa recebe são públicos, originam-se na própria sociedade por meio de outras empresas e organizações em geral, das pessoas e do governo).
O fluxo de caixa no terceiro setor é uma ferramenta de gestão fundamental para qualquer empresa, mesmo para as instituições privadas dedicadas à prestação de serviços públicos de interesse social.
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