Quando falamos sobre contabilidade gerencial no terceiro setor, automaticamente, nos remetemos aos serviços de prestação de contas de forma pública e transparente. Principalmente, em relação às doações feitas por empresas ou, até mesmo, do Governo para esse tipo de instituição, não é verdade?
O fato de uma entidade não ter fins lucrativos não significa que sua gestão contábil deve ser ignorada. Na verdade, esse tipo de organização sofre muito mais pressão do que uma empresa comum, já que toda a sociedade — assim como sócios, voluntariados e associados — volta a sua atenção para o destino dos recursos financeiros e de que forma estão sendo geridos.
Por isso, neste conteúdo, mostraremos como a contabilidade gerencial no terceiro setor é importante e de que forma ela pode ser beneficiada com o auxílio de uma ferramenta integrada, desenvolvida sob medida para esse tipo de instituição. Confira agora!
O que são organizações do terceiro do setor?
Resumindo, empresas do terceiro setor são classificadas como aquelas que prestam serviços ou geram bens públicos para suprir falhas deixadas pelo Estado. Porém, devem fazer isso sem o objetivo de lucrar, portanto, são mais conhecidas como entidades sem fins lucrativos.
Comumente, são iniciativas provenientes da função do setor privado ao setor público, ou seja, recursos privados destinados a financiar fins do espectro público. No entanto, isso não quer dizer que o governo não precise ou não possa destinar dinheiro para o terceiro setor, já que sua função é promover solidariedade social.
Empresas que integram essa categoria, em geral, são criadas e sustentadas por meio de participação de voluntários. Eles realizam diversos trabalhos, como práticas de caridade, proteção ao meio ambiente, filantropia, entre outros, com a finalidade de atingir objetivos públicos e sociais, por exemplo:
- eventos culturais;
- campanhas educacionais;
- atendimento médico;
- coleta seletiva e reciclagem etc.
Quais as características principais de uma organização do terceiro setor?
Para ser enquadrada como uma entidade do terceiro setor, é preciso que a organização atenda aos seguintes requisitos:
- sem fins lucrativos — não tenha o objetivo de obter qualquer lucro e, caso ocorram excedentes financeiros, devem ser informados e reinvestidos integralmente na organização;
- não-governamental — isto é, não estejam ligadas ao governo, institucionalmente;
- formalmente constituídas — devem cumprir com as regras e procedimentos, assim como qualquer outra empresa devidamente formalizada;
- gestão própria — sua administração não pode ser realizada externamente.
Como fazer contabilidade gerencial no terceiro setor?
Agora que você já entende o que são empresas do terceiro setor e de que forma elas atuam, mostraremos as melhores práticas para que sua contabilidade seja realizada de acordo com as exigências das Normas Brasileiras.
Tenha um módulo de prestação de contas público
Empreendimentos categorizados no setor — além de precisar cumprir com as obrigações previstas nas normas técnicas de contabilidade — devem divulgar publicamente aspectos sobre como lidam com suas finanças.
Isto é importante para que tanto as pessoas envolvidas com a instituição quanto a sociedade, de uma maneira geral, tenham conhecimento sobre as movimentações patrimoniais da organização.
Ao manter sua contabilidade em dia, a instituição atrairá mais interessados em realizar doações e contribuir com a causa em questão. Afinal, o governo e as empresas investidoras precisam de dados claros, corretos e detalhados sobre o que é feito com os recursos doados a essas instituições sem fins lucrativos.
Dito isso, a melhor solução em contabilidade gerencial no terceiro setor para essa questão é utilizar um software que tenha um módulo de prestação de contas automático — e em tempo real.
Registre corretamente as doações
Como foi dito, quando se trata de contabilidade gerencial no terceiro setor, é fundamental ser minuciosamente transparente, correto? Porém, ao registrar as informações financeiras em planilhas ou por meio de processos manuais, uma grande margem para erros e falhas de preenchimento é aberta.
Sendo assim, para garantir que a prestação pública de contas não gere desconfiança e a instituição perca a credibilidade, é imprescindível que todos os dados pertinentes às doações sejam registrados corretamente.
O fato de esse tipo de empresa usufruir de isenção ou imunidade tributária faz com que muitos olhos foquem mais atenção à gestão financeira, ou seja, o destino das doações. Portanto, um software contábil desenvolvido sob medida para o terceiro setor pode ser a melhor maneira de evitar riscos e sérios problemas no futuro.
Acompanhe o orçamento
Assim como ocorre em empresas de qualquer segmento, instituições sem fins lucrativos também têm a obrigação de apresentar uma vasta gama de demonstrações contábeis. A finalidade é garantir a transparência e a credibilidade das informações, por meio de controle e da gestão patrimonial e financeira da instituição.
O balanço patrimonial, por exemplo, é um documento que atua como uma espécie de relatório, no qual são apresentadas informações sobre a situação estática dos recursos da organização em períodos específicos. De forma resumida, esse documento que precisa ser emitido anualmente.
Ele deve conter todos os valores que a organização obteve em determinado período, assim como os pagamentos realizados para que a instituição realizasse suas atividades. Outro ponto importante é a demonstração do superávit e do déficit do exercício.
Em geral, ela precisa ser realizada juntamente ao período do balanço patrimonial. O objetivo dessa apresentação é mostrar aos vinculados à organização, assim como a toda a sociedade, os frutos que os investimentos financeiros nas operações têm gerado, sendo:
- déficit o resultado negativo de um determinado período;
- superávit a sobra de recursos.
Crie centros de custo
Por fim, mas não menos importante, sabemos que a questão contábil é considerada como uma “pedra angular” no sistema de dados da entidade sem fins lucrativos. Por isso, precisa ser encarada com a devida importância.
Dito isso, é fundamental contar com o envolvimento dos colaboradores e implementar um software desenvolvido especificamente para contabilidade gerencial no terceiro setor. Esse tipo de ferramenta permite:
- criar um centro de custos — agrupamento de despesas por projetos, campanhas ou ações específicas, especificando gastos de maneira clara e detalhada;
- emitir relatórios simples e intuitivos para prestação de contas, fundamentados em dados sólidos.
Para concluirmos, é importante destacar que a contabilidade gerencial no terceiro setor é um assunto sério e que exige muita responsabilidade, transparência e minuciosidade. Sendo assim, a melhor maneira de garantir informações mais precisas é automatizar os processos inerentes ao departamento.
As dicas de gestão contábil para empresas do terceiro setor parecem ser úteis para sua organização? Então, aproveite para entrar em contato com a Asplan e conhecer as soluções que podemos oferecer!