Gestão financeira para ONGs: 6 dicas de ouro

10 maio

Gestão financeira para ONGs: 6 dicas de ouro

Normalmente, as organizações do terceiro setor costumam investir no conhecimento das suas atividades fins. Porém, com as atuais exigências na captação de recursos — sejam públicos ou privados —, na prestação de contas, bem como nos controles internos, requerem uma atenção redobrada das atividades-meio.

Com uma renda variável e limitada e constantes desembolsos, o setor enfrenta uma série de desafios nas suas finanças. Portanto, a gestão financeira para ONGs é um aspecto primordial para sua sobrevivência.

Há ainda a necessidade de sistematização dos processos financeiros, visando a sustentabilidade e transparência das entidades, fazendo com que se tornem mais competitivas na captação de recursos e objetivas na prestação de contas.

Com o objetivo de colaborar com esse processo listamos 6 dicas de ouro para otimização da gestão financeira para entidades do terceiro setor. Confira!

1. Prestar contas com organização e objetividade

A prestação de contas é uma atividade extremamente importante para entidades do terceiro setor. Ela permite às organizações demonstrar e comprovar com clareza e objetividade a todos os interessados a regularidade na utilização dos recursos financeiros recebidos.

Por meio de um conjunto de informações e documentos elaborados com riqueza de detalhes a entidade pode provar a sua responsabilidade com o encaminhamento adequado dos recursos.

Dessa forma, a prestação de contas se torna um instrumento importante para a transparência no processo de gestão das organizações. Isso contribui para gerar confiabilidade e credibilidade em seu nicho de atuação e, consequentemente, aumentar a captação de recursos.

2. Ter transparência nas informações

Partindo do pressuposto que o foco das ONG’s é suprir as demandas da sociedade e não a lucratividade, a transparência deveria estar presente em sua cultura de forma natural e espontânea.

Contudo, precisamos ressaltar que por conta de sua natureza assistencial, existe uma cobrança maior da sociedade para que ofereçam informações transparentes que reflitam a sua atuação.

Tanto o trabalho quanto as finanças devem ser abertos aos seus associados, instituidores e doadores e, impreterivelmente, aos seus financiadores.

Isto é, todas as pessoas físicas ou jurídicas, privadas ou públicas, nacionais ou estrangeiras que sejam mantenedoras ou que tenham interesse na entidade.

3. Trabalhar com integridade

Muitas entidades sérias e comprometidas acabam pagando um preço muito alto pela falta de honestidade de alguns indivíduos. Por isso, é de suma importância zelar pela integridade das suas operações.

A instituição pode implantar um programa de compliance — cumprir leis e normas de uma atividade, além de adotar princípios éticos e morais — para estabelecer uma estrutura capaz de garantir a integridade de suas ações ou de indicar rapidamente que algo está sendo feito com irregularidade.

Assim, caso ocorra algum problema, poderá ser corrigido a tempo sem comprometer a reputação da entidade.

4. Observar as normas contábeis

Outra questão que precisa ser levada muito a sério na gestão financeira para ONGs é a correta observação das normas contábeis. O terceiro setor possui diversas particularidades.

Além de receberem aportes financeiros e não financeiros da sociedade civil, as instituições usufruem de benefícios fiscais — imunidades e isenções — previstos na legislação.

Assim, a contabilidade é uma importante ferramenta de apoio à gestão das organizações, pois concentra e mensura todas as suas movimentações financeiras e patrimoniais.

A transparência nas demonstrações contábeis é vital para a divulgação das ações e metas alcançadas pelas entidades e sua correlação com os valores recebidos e utilizados.

Da mesma forma, os índices contábeis servem para garantir a saúde financeira, a continuidade dos investimentos do primeiro e/ou segundo setor nos projetos, bem como a credibilidade em virtude de sua missão e do seu papel social.

5. Acompanhar o fluxo de caixa

Um bom acompanhamento do fluxo de caixa permite antecipar a necessidade de recursos extras e quando possíveis imprevistos podem ocorrer, preparando a instituição para lidar com surpresas.

O fluxo de caixa é uma ferramenta que ajuda a equilibrar as entradas de dinheiro recebido de doadores e investidores e as contas a pagar, ou seja, valores devidos aos credores.

Ele contribui para que entradas e saídas de dinheiro de um determinado período sejam controladas corretamente, auxiliando na tomada de decisões e otimizando o uso dos recursos disponíveis.

Com uma movimentação financeira positiva as entidades são capazes de pagar salários, fornecedores e credores e manter, confortavelmente, as atividades mensais.

6. Utilizar softwares de gestão

A tecnologia tem um papel fundamental no terceiro setor. Ainda que o objetivo das ONG’s não seja o lucro financeiro, elas precisam obter o lucro social.

Isto é, o resultado prático das suas estratégias — o quanto as suas ações influenciaram e/ou transformaram a vida do seu público-alvo para melhor.

A utilização de um sistema de gestão é uma das formas de medir quantitativamente esses resultados, de assegurar a transparência na prestação de contas da entidade e a integridade na atuação, evitando possíveis fraudes.

Essas soluções tecnológicas permitem que sejam feitos registros em uma base de dados segura e a partir dela o processamento e análise das informações e a geração de relatórios precisos, pois as informações são reunidas em uma única plataforma.

Além disso, os acessos podem ser controlados, evitando que pessoas não autorizadas acessem e vazem informações confidenciais. Os softwares de gestão permitem ainda:

  • automatização dos processos administrativos, permitindo integração e ganho de eficiência nos diversos departamentos;
  • redução de custos e minimização ou eliminação de ineficiências operacionais que esgotam recursos — financeiros, humanos ou materiais — que poderiam ser melhores utilizados;
  • levantamento de dados para facilitar e gerar aumento na produtividade dos colaboradores;
  • aumento da visibilidade da entidade perante a sociedade;
  • aumento da captação de recursos para a manutenção da instituição.
  • gestão dos projetos e o acompanhamento das suas fases.

A gestão financeira para ONGs é um processo contínuo e dinâmico, que requer estabelecer objetivos e metas e alocar adequadamente os recursos para alcançá-los.

Sem um planejamento financeiro claro e bem definido essas organizações deixam de crescer tanto financeiramente quanto publicamente e ficam sem poder criar iniciativas.

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