O planejamento fiscal é um processo por meio do qual a empresa estabelece medidas de adequação do negócio às normas fiscais vigentes. Ele é feito com dois objetivos: garantir a regularização das operações e promover a redução de gastos.
Na prática, a sua elaboração é feita a partir de uma análise histórica da empresa, combinada com a projeção para os próximos doze meses.
Neste artigo, elencamos algumas dicas úteis que podem ser incluídas durante a elaboração do planejamento fiscal da sua empresa. Confira!
1. Analise o histórico
O primeiro passo que merece destaque é a análise dos exercícios anteriores e uma comparação com o exercício atual.
Neste processo, é interessante fazer uma análise acurada dos balanços e DREs dos últimos cinco anos. Por meio dessa avaliação você poderá identificar eventuais oportunidades de solicitação de créditos tributários.
O histórico também permitirá revisar os impostos apurados e recolhidos, oferecendo as informações básicas e elementares para dar o pontapé inicial na elaboração do planejamento fiscal para o próximo ano.
2. Analise o regime tributário
A segunda parte do planejamento consiste na escolha do regime de tributação mais interessante para a empresa.
Neste ponto, é importante ter em mente que a escolha do regime fará toda a diferença nos custos do negócio, podendo representar uma grande redução de gastos.
A escolha do regime tributário determina como serão calculados o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o PIS e o COFINS. Entre as opções disponíveis, existem:
- Lucro Real — para empresas com receita bruta anual superior a R$78 milhões.
- Lucro Presumido — para empresas que se enquadram na lista definida em lei.
- Simples Nacional — para empresas de pequeno porte e microempresas com receita bruta anual de até R$3,6 milhões.
O contador é o profissional habilitado para analisar as melhores alternativas para cada empresa, considerando as restrições legais e as possibilidades existentes.
3. Trace metas e estabeleça prazos
Com o histórico devidamente analisado e a definição do melhor regime de tributação, é chegado o momento de traçar metas e prazos.
Essa etapa do planejamento contempla todo o negócio e não apenas os aspectos fiscais. Entretanto, os planos da empresa precisam dialogar entre si, daí a importância de traçar os objetivos que a empresa cogita alcançar.
Vamos pensar em um exemplo prático? Suponha que a carga tributária sobre um dos produtos que a sua empresa vende aumentou de maneira expressiva? Nesta etapa, o gestor precisa definir quais serão as estratégias utilizadas para reduzir o custo com tributos associados a este produto.
Pensando especificamente no nosso exemplo, as metas poderiam incluir: redução da oferta deste produto para o mercado, alteração nos processos logísticos e/ou mudança do fornecedor.
A ideia é que a empresa tenha informações relevantes a respeito da questão tributária, avaliando riscos e oportunidades e traçando planos para minimizar o impacto negativo e aproveitar circunstâncias da melhor maneira.
4. Defina indicadores e acompanhe os resultados
Por fim, tão importante quanto montar um planejamento fiscal é definir os indicadores e acompanhar os resultados.
Portanto, defina prazos para analisar como está o desempenho do negócio, verifique os resultados do regime de tributação escolhido, estude eventuais oportunidades de recebimento de crédito tributário e faça as correções, sempre que houver necessidade.
Como você viu, o planejamento fiscal tem um impacto expressivo nos custos da empresa com recolhimento de tributos, precificação de mercadoria e resultados. Com organização e suporte de profissionais especializados a empresa consegue melhorar a gestão financeira além de reduzir os riscos jurídicos, tributários e operacionais.
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